segunda-feira, 8 de maio de 2017

CASO ADJANE FERREIRA: NOVIDADES

Adjane Ferreira
PREZAD@S, NOVIDADE NO CASO ADJANE FERREIRA, JOVEM NEGRA QUE FALECEU NA MATERNIDADE CÂNDIDA VARGAS EM 04.10.2016. VEJAM O E-MAIL QUE RECEBI DO ESCRIVÃO DE POLÍCIA, SR. REGINALDO LEITE:

"Cara Advogada Laura Berquó, mais uma vez entro em contato com Vossa Senhoria, agora estou lotado na Delegacia de Crimes homofóbicos Racismos e Intolerância religiosa, onde o delegado titular é o Bacharel Marcelo Falcone. O motivo do meu contato é para Vossa Senhoria solicitar aos familiares da pessoa de ADJANE FERREIRA, de 29 anos de idade, jovem negra que faleceu na maternidade Cândida Vargas, nesta Capital, comparecerem na Delegacia de Crimes Homofóbicos e Racismo, que fica no Mercado Central, vizinho à Padaria Bonfim, no mesmo prédio onde funciona a Delegacia do Idoso, com os dados da vítima e do dia e horário do atendimento de Adjane, pois em sua petição não consta endereço, nem dados dos parentes e nem de Adjane Ferreira; Podem comparecer no horário comercial de segunda a sexta e procurarem o delegado Marcelo Falcone. Um abraço"  Reginaldo Leite

PARA RELEMBRAREM O CASO:

TEXTO DA JORNALISTA FABIANA VELOSO
"Mais vítima do racismo institucional. Adjane Ferreira morreu nesta terça-feira de um ataque cardíaco fulminante. Grávida, ela procurou o hospital municipal Cândida Vargas, em João Pessoa-PB, na madrugada daquele mesmo dia, e recebeu um "carão" do médico que disse não ser um caso de urgência e que ela deveria ter ido para o postinho da sua região. Recebeu soro e foi liberada.
A jovem de 29 anos tinha uma saúde bastante frágil. Ela sofria de pressão alta, diabetes, artrose e problemas da tireoides, entre outros. Além disso, ela estava com sintomas de infarto a vários dias. E por estar grávida necessitava de uma atenção mais especial. No entanto, não obteve nem a atenção "normal" do sistema público, que qualquer pessoa necessitaria ao sentir-se mal pós acioná-lo.
Curioso é que no seu relatório de óbito nem consta que ela estava gravida. Ou seja, menos um número no percentual de vítimas de negligência médica entre gestantes na Paraíba.
A jovem negra, mulher pobre e relações públicas, morreu de racismo. O mesmo racismo que faz milhares de vítimas todos os anos no mundo, no Brasil, na Paraíba, em João Pessoa. Casos tão tristes como o dela acontecem com a mesma frequência da hipocrisia que acompanha políticos que dizem estar tudo bem na saúde pública, que os usuários inventam doenças ou que fazem exames desnecessários, a exemplo do nosso ilegítimo ministro da saúde e nosso secretário municipal de saúde de João Pessoa."

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