sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

VERGONHA NA CÂMARA DE BAYEUX

PREZAD@S, NO DIA 29 DE DEZEMBRO DE 2017 VIMOS CONSTRANGIDOS O POSICIONAMENTO DA CÂMARA MUNICIPAL DE BAYEUX COM RELAÇÃO A NÃO CASSAÇÃO DO PREFEITO BERG LIMA, PRESO EM FLAGRANTE COBRANDO PROPINA, EXTORQUINDO EMPRESÁRIO QUE DENUNCIOU O ESQUEMA. APÓS UMA INVESTIGAÇÃO BEM CONDUZIDA PELO GAECO JUNTAMENTE COM ALGUNS INTEGRANTES DA SECRETARIA DE SEGURANÇA, FOI EFETIVADA A PRISÃO EM 05 DE JULHO DE 2017 (VÍDEO AO LADO). O QUE MAIS CHOCA A TODOS É QUE RECENTEMENTE FOI VEICULADO UM OUTRO VÍDEO EM QUE O MESMO VALOR DE R$ 3.500,00 ERA COBRADO COMO PROPINA PELO PREFEITO. NÃO HÁ COMO FALAR EM EMPRÉSTIMO.. LAMENTAMOS QUE UM POLÍTICO QUE TRAZIA COM SUA JUVENTUDE UMA ESPERANÇA PARA UMA CIDADE COMO BAYEUX, QUE SOFRE NA MÃO DE PÉSSIMOS GESTORES, UMA POSSÍVEL MUDANÇA DE MENTALIDADE. PORÉM AS PRÁTICAS SÃO AS MESMAS DAS ANTIGAS RAPINAS DOS COFRES PÚBLICOS E QUE EXTORQUEM EMPRESÁRIOS. VELHA PRÁTICA DE VELHOS ESQUEMAS DE PROPINAS, QUE EM MUITOS LUGARES CULMINOU COM ASSASSINATOS COMO CELSO DANIEL OU DESAJUSTES FAMILIARES COMO AS DENÚNCIAS DA ERA COLLOR. NÃO TEMOS COMO FAZER PROJEÇÕES, MAS INFELIZMENTE, O VÍCIO E A FALTA DE MORALIDADE ACABA POR DEFORMAR MUITAS PESSOAS QUE SE AVENTURAM NA POLÍTICA E ESPERAM COM ELA ENRIQUECER DE FORMA FÁCIL. A CÂMARA DE BAYEUX É UMA VELHA CONHECIDA PARA (NÃO) LIDAR COM QUESTÕES DELICADAS, FICANDO SEMPRE AO LADO DE OUTROS INTERESSES QUE NÃO SEJAM O DA ÉTICA. QUANDO NA CONDIÇÃO DE CONSELHEIRA ESTADUAL DE DIREITOS HUMANOS JUNTAMENTE COM O CONSELHEIRO MARINHO MENDES PETICIONAMOS PARA AQUELA CASA PEDINDO A CASSAÇÃO DO ENTÃO VEREADOR SARGENTO ARNÓBIO, APONTADO COMO INTEGRANTE DE GRUPO DE EXTERMÍNIO E UMA DAS CABEÇAS DA FACÇÃO EUA. A CÂMARA MANTEVE-SE AO LADO DO REFERIDO VEREADOR MESMO COM A SUA PRISÃO. INFELIZMENTE, ESSA É A CÂMARA DE BAYEUX. TAMBÉM PRESTAR MINHA SOLIDARIEDADE A MARINHA SILVA QUE FOI AGREDIDA E CHAMADA DE "MACACA" PELA SRA. SANDRA COUTINHO DURANTE A SESSÃO SOBRE A CASSAÇÃO DE BERG LIMA. MARINHA JÁ TOMOU PROVIDÊNCIAS LEGAIS . FICA AQUI NOSSO REGISTRO. SEGUNDO INFORMAÇÕES DO MEIO JORNALÍSTICO, O GOVERNO DO ESTADO APOIA A PERMANÊNCIA DE BERG LIMA NA PREFEITURA PARA QUE ELE POSSA TRABALHAR PARA A CAMPANHA DE JOÃO AZEVEDO PARA O GOVERNO DO ESTADO. O MAIS INTERESSANTE É QUE NESSES DIAS TENHO ACOMPANHADO AS NOTÍCIAS DO CASO BERG E REALMENTE OS BLOGS E SITES BANCADOS PELA SECOM (OU SEJA, COM NOSSO DINHEIRO) NÃO DIVULGAM UMA LINHA SOBRE AS NOVAS DENÚNCIAS ENVOLVENDO A COBRANÇA DE PROPINA EM BAYEUX PELO PREFEITO BERG LIMA.

CORDIALMENTE,

LAURA BERQUÓ

NOTA DE REPÚDIO DE ENTIDADES REPRESENTATIVAS DA POLÍCIA CIVIL NA PARAÍBA

"As entidades representativas da Polícia Civil da Paraíba, ASPOL, ATENEPOL e SINDPERITOS, vem a público repudiar a desrespeitosa declaração do delegado Marcos Paulo Vilela, Superintendente da Polícia Civil da Paraíba, que, em entrevista ocorrida no dia 08/01/2018, classificou como oportunista a postura de luta pela dignidade dos policiais civis paraibanos que tem sido carreada pelos legítimos representantes de 87% da Polícia Civil da Paraíba. Mais uma vez, presenciamos a tentativa de desqualificar a luta de trabalhadores em busca daquilo que é legítimo, legal e justo.
Certamente, tal postura do delegado se deve à dificuldade de discernir entre o papel de gestor de uma instituição pública e o de membro de entidade classista de delegados, ou quiçá de diferenciar entre a atuação de um gestor público e de um gestor de empresa privada, realidade que induz à violação de princípios basilares da administração pública, em especial a impessoalidade e a moralidade.
Tratando então do termo “oportunista”, descrevemos à sociedade paraibana aquilo que as entidades que representam 87% dos policiais civis do estado apontam como sendo verdadeiramente ações de oportunistas:
– Oportunista é negar a verdade e tentar encobrir uma série de privilégios dados somente a uma categoria da Polícia Civil, como ocorreu com a aprovação do PL 1664, no qual somente aos delegados foi propiciado 100% de aumento das vagas para alcançar o final da carreira, enquanto que para outras categorias da PC foi concedido menos de 10%.
– Oportunismo é tentar enganar a opinião pública, repetindo inverdades sobre o PL 1664, afirmando tratar-se do mesmo conteúdo da Medida Provisória 222/2014, quando tais conteúdos cabalmente possuem textos diferentes, inclusive o do PL, agora lei, que passou a obrigar o policial civil a vender seus dias de folga e de convívio familiar sem estabelecimento de qualquer limite de horas trabalhadas.
– Oportunismo é construir legislação para possibilitar que gestores da Polícia Civil recebam horas-extras permanecendo em casa.
– Oportunismo é ser gestor da Polícia Civil e não exigir os equipamentos de proteção individual para que os policiais possam trabalhar com o mínimo de segurança, tais como coletes balísticos que estão vencidos há mais de três anos, para não desagradar o governo e garantir privilégios.
– Oportunismo é esconder da população que nenhuma atitude efetiva foi adotada para que os policiais civis deixassem de portar as armas de fogo que vêm apresentando defeitos.
– Oportunismo é utilizar das prerrogativas do cargo e a proximidade com as autoridades do estado para conquistar privilégios para um só cargo.
– Oportunismo é utilizar uma instituição pública para ações de autoafirmação do cargo de delegado, em detrimento da construção do senso de equipe e da valorização conjunta.
– Oportunismo é usar-se do assédio moral contra servidores na tentativa de impor atribuições que não lhes são obrigatórias, buscando encobrir carências e, principalmente, eximir os senhores delegados de suas reais atribuições.
– Oportunismo é ser gestor público sem dar o exemplo daquilo que deve exigir para o bom funcionamento institucional e a adequada prestação de serviços à população.
À população paraibana e à imprensa do estado, não faltam exemplos de ações realmente oportunistas praticadas por uma ‘casta de delegados gestores’, que se confundem com representantes classistas e trabalham diariamente contra as demais categorias, trazendo prejuízo, inclusive, para muitos de seus pares.
Reiteramos nosso mais profundo repúdio, no entanto, sem qualquer reação de surpresa, visto que tais atitudes são recorrentes e promovem há anos a desarmonia e a segregação dentro da Polícia Civil, afastando cada vez mais o diálogo construtivo, para tentar manter privilégios que até agora estavam distantes do conhecimento do cidadão, que paga seus salários.
Nós, que fazemos parte da Polícia Civil que realmente trabalha e se preocupa com o cidadão e com esta instituição, continuaremos lutando pelo tratamento igualitário, justo e digno a todos os policiais civis, empreendendo nosso suor, nossas lágrimas e até nosso sangue pela segurança pública, mantendo-nos distantes daqueles que se dedicam apenas a angariar supersalários e aparecer em entrevistas.
Por fim, deixamos para reflexão alguns questionamentos:
1 – Por que 87% das categorias estão insatisfeitas por inúmeras situações e apenas uma demonstra que está plenamente satisfeita?
2 – Por que os gestores da Polícia Civil há mais de três anos permitem que policiais arrisquem ainda mais suas vidas com coletes vencidos e armas defeituosas?
3 – Por que delegados foram fervorosamente defender a aprovação do PL 1664, enquanto os representantes de 87% das demais categorias da Polícia Civil demonstravam sua insatisfação pelo projeto?
4 – Por que uma casta de delegados cria tantos obstáculos para a luta das demais categorias por melhorias?" 11.01.2018

"A VERDADE SOBRE O “INVESTIMENTO” DO GOVERNO DO ESTADO NA SEAP-PB"

fonte: http://www.agepen-pb.org/noticias/verdade-sobre-o-investimento-do-governo-do-estado-na-seap-pb/

 11.01.2018

"Cinco milhões em investimentos. Este é o valor anunciado pelo atual governo da Paraíba, através da Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP). O montante foi usado na aquisição de viaturas, coletes balísticos, fardamentos e equipamentos de comunicação.
A Associação dos Agentes Penitenciários da Paraíba (AGEPEN) recebeu com estranheza e uma pitada de desconfiança o anúncio desta quinta-feira (11).
Equipamentos de comunicação são essenciais às unidades prisionais e seria o mínimo que a Secretaria poderia fornecer aos seus profissionais.
Sobre os fardamentos, vale frisar que a verba destinada para aquisição é oriunda de uma emenda parlamentar do Deputado Estadual João Bosco Carneiro. E que, diga-se de passagem, há mais de dois anos.
Outro ponto que a AGEPEN se vê no dever de esclarecer, refere-se às viaturas. Hoje são veículos locados e apesar do número ser bem inferior ao necessário, só foram possíveis através de um Termo de Ajustamento de Consulta (TAC) firmado junto ao Ministério Publico (MP) que praticamente obrigou o Estado a fornecer. Já os veículos de grande porte são doações do DEPEN, e estas carecem de manutenção e sequer com isso a SEAP quer se responsabilizar.
Quanto aos coletes balísticos que são mencionados, estes não estão nas unidades, disponíveis aos Agentes de Segurança Penitenciários. Os poucos que existem são da gestão passada, inclusive vencidos e outros que foram doados pela SEDS.
Equipamentos eletrônicos de revista também não estão nas unidades, salvo os doados pelo DEPEN, legado das Olimpíadas realizadas no ano passado no Rio de Janeiro.
Armamentos não há, os poucos existentes foram adquiridos ainda na gestão passada. E com o passar dos anos e o aumento considerável da população carcerária no Estado, se tornaram insuficientes e obsoletas. Há unidades que a arma do Agente de Segurança Penitenciaria é um revolver cal 38, que quanto municiado o são com munições vencidas. Há ausência ainda de munições e meios menos letais para o uso do dia a dia. Chega-se a usar munições de treino, pois não existem,assim como armamentos, munições suficientes.
Em suma, tudo não passa de discursos adotados desde o inicio da gestão do atual Governador, que com certeza se intensificará neste ano de eleição estadual e federal." 

OS PROTESTOS DOS PROFISSIONAIS DA ÁREA DE SEGURANÇA NA PARAÍBA

PREZAD@S, VÁRIAS ENTIDADES QUE TRABALHAM NA ÁREA DE SEGURANÇA PÚBLICA SE UNIRAM HOJE PARA MAIS UM PROTESTO CONTRA A POLÍTICA SALARIAL DO GOVERNO DO ESTADO DA PARAÍBA. A AÇÃO OCORREU NO BUSTO DE TAMANDARÉ, HÁ POUCO, ÀS 18 HORAS. VÁRIAS ENTIDADES QUE REPRESENTAM PROFISSIONAIS DA POLÍCIA CIVIL, DA POLÍCIA MILITAR E DE AGENTES PENITENCIÁRIOS PARTICIPARAM. EM BREVE POSTAREMOS MAIS INFORMAÇÕES.

CORDIALMENTE, 

LAURA BERQUÓ

V CAMINHADA DA DIVERSIDADE RELIGIOSA DA PARAÍBA

PREZAD@S, NO DIA 21 DE JANEIRO DE 2018, O FÓRUM DE DIVERSIDADE RELIGIOSA DA PARAÍBA ESTARÁ PROMOVENDO A V CAMINHADA DA DIVERSIDADE RELIGIOSA. A CONCENTRAÇÃO SERÁ ÀS 08:30 H NO ANEL INTERNO DA LAGOA, EM JOÃO PESSOA, PRÓXIMO A ZENY FESTAS. PRECISAMOS E CONTAMOS COM A PRESENÇA DE VOCÊS. O CONVITE É PARA TODAS AS PESSOAS INDEPENDENTE DE RELIGIÃO. PRIMAMOS PELO DIÁLOGO ENTRE AS RELIGIÕES.

CORDIALMENTE,

LAURA BERQUÓ

sábado, 6 de janeiro de 2018

CASO NAIELLY GISÉLIA: INSTAURADO PROCESSO NO CRM

A pequena Naielly, 02 anos, morreu em abril de 2017, após várias peregrinações pelo Hospital Hapvida em João Pessoa, onde não conseguiram diagnosticar uma pneumonia
PREZAD@S, RECEBI INFORMAÇÃO DO PAI DA PEQUENA NAIELLY GISÉLIA, SR. JEFFERSON NUNES, QUE O CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA INSTAUROU PROCESSO ADMINISTRATIVO CONTRA 06 MÉDICOS APONTADOS COMO  POSSÍVEIS RESPONSÁVEIS PELO ÓBITO DA CRIANÇA. NÃO PODEMOS DIVULGAR CONTEÚDO E NOMES PORQUE O PROCESSO ENCONTRA-SE SOB SIGILO, POR ISSO, O BLOG SÓ IRÁ REPASSAR A CONFIRMAÇÃO DA INSTAURAÇÃO DO PROCESSO APÓS A SINDICÂNCIA QUE VERIFICOU INDÍCIOS DE NEGLIGÊNCIA E IMPERÍCIA POR PARTE DE 06 MÉDICOS DO HOSPITAL HAPVIDA EM JOÃO PESSOA. ESTA SEMANA ESTAREMOS VERIFICANDO O ANDAMENTO DA INVESTIGAÇÃO CRIMINAL SOBRE O CASO.

CORDIALMENTE,

LAURA BERQUÓ

LA BEFANA


Foto da Internet

Todo dia 06 de janeiro é costume de italianos e alguns descendentes comemorarem o dia da Befana. Aqui na Paraíba, em João Pessoa, desde 2001, no mês de dezembro, antes do recesso, comemoramos La Befana no Centro Cultural Ítalo-Brasileiro Dante Alighieri, que carinhosamente também chamamos de comunidade italiana na Paraíba. Segundo o folclore italiano, a Befana é uma mulher idosa, cuja aparência se assemelha a de uma bruxa bondosa, que na madrugada do Dia de Reis, vem depositar nas meias das crianças italianas doces ou carvões dependendo do comportamento que estas tiveram no ano anterior. Se a criança se portou bem recebe doces, se portou-se mal recebe carvões. Obviamente, os pais que enchem as meias de seus filhos fazem uma mescla de doces e carvões. Não sei se atualmente as crianças penduram suas meias nas lareiras, onde costumavam os antigos cultuar o fogo sagrado em honra às deusas Vesta e Juno, deusas protetoras do lar, do casamento e da família. De qualquer forma, chegou até mim a informação por parte de minha avó materna, que na aldeia dela lá na Itália, as crianças camponesas tinham verdadeira veneração por La Befana. Relatava minha nonna que meu bisavô costumava encher as meias de suas filhas e do seu único filho homem [i] , Francesco[ii], com nozes e claro, um carvãozinho.  La Befana é muito mais que folclore ou uma bruxa que vem punir crianças mal comportadas. La Befana simboliza a própria lei do carma, do retorno, que vem gratificar aqueles que são merecedores e convidar à mudança aqueles que se encontram ainda aprendendo. Essa benevolência, apesar de ser ela aquela que vem para apontar e convidar à autocrítica deve-se ao fato da figura da Befana encontrar sua origem ainda no período Mesolítico/Neolítico ter sido prestigiada como deusas mães, fecundas e provedoras. La Befana representa a ancestralidade e por isso, porta o carvão para a sua descendência. Segundo o Dicionário de Símbolos de Jean Chevalier e Alain Gheerbrant, o carvão encerra em si todo um conjunto de potencialidades e uma vez aceso ocorre uma alquimia em que essas potencialidades seriam ativadas e desenvolvidas. La Befana vem mostrar, em seu sentido espiritual, ancestral, toda a potencialidade que possui aquele que recebe um carvão, como exortação para que se aprimore enquanto indivíduo. Os doces e carvões encontrados em meias penduradas sobre a lareira, segundo o Dicionário de Bruxaria Hereditária remeteria ao simbolismo do fuso, haja vista a confecção da meia ou de qualquer outra bolsa que possa ser posta para a passagem da Befana. Em alguns relatos as crianças também deixariam em troca um prato de comida para a Befana. Há uma troca clara de energia o que é comum nas religiões que se utilizam de alimentos como ofertas para as divindades. O fuso, ainda segundo o Dicionário de Símbolos, simbolizaria o próprio ciclo lunar, a confecção da própria vida a partir dos mistérios lunares, enquanto a lareira simbolizaria o aspecto masculino, solar. Portanto, La Befana sempre remeterá à vida na harmonização de todos os seus opostos e expansão de nossas potencialidades. Representa a continuidade das gerações e a necessidade de nos aprimorarmos para podermos manter a unidade na nossa convivência familiar em benefício da nossa própria sobrevivência. Ocorre que nossa Befana foi tratada de forma desrespeitosa com o advento do Cristianismo. La Befana é de origem pagã, antiga, ancestral, neolítica. Sua origem se confunde no tempo com o culto do Deus Fauno. Com o Cristianismo e com o protagonismo de figuras masculinas, La Befana foi “condenada” a viver como uma bruxa desesperada e errante, dando voltas no globo terrestre, porque teria se recusado a seguir os Três Reis Magos até a manjedoura do Menino Jesus. Na verdade, ela que na sua origem simboliza a própria necessidade de evolução de cada ser humano e a gratidão aos antepassados tornou-se uma figura rebelde que vaga sem direção, arrependida, e desesperada para conseguir enxergar a luz trazida pelo Menino Jesus. Realmente, La Befana não poderia ter sido tratada de outra forma pela nossa cultura patriarcal. Porém, fica aqui meu registro e gratidão a todas as mulheres da minha família que vieram antes de mim e com seus exemplos puderam construir a mulher que sou. Gratidão a todas e todos que vieram antes e com os ensinamentos repassados de geração em geração foram capazes de manter sua descendência em que pesem sacrifícios pessoais e colheita dura. Aos meus que morreram nas guerras ou pelas tristezas causadas por elas, minha eterna gratidão.

Laura Berquó


[i] o filho homem para os italianos sempre foi recebido com muita festa.
[ii] civil italiano assassinado na aldeia de Galeno durante bombardeio promovido por norte-americanos durante a Segunda Grande Guerra Mundial em 1944, aos 16 anos.

JANO, JANEIRO


Foto da internet

JANO, JANEIRO

Janeiro é o primeiro mês do ano, mês de expectativas positivas, planos, projetos, mas que ainda assim traz o gosto das experiências e sensações legadas pelo ano findo. A origem do nome janeiro está no Deus latino Jano. Numa Pompílio, no século VI antes de Cristo, incorporou o mês de janeiro ao calendário, homenageando o Deus que também era alento para os que buscavam a paz. Sempre a presença do Deus nas guerras, simbolizava o seu fim. Preside o fim das guerras e o começo da paz, preside todos os começos e todos os fins, é o grande porteiro. O poder de abrir as portas do futuro e fechar as portas do passado, abrir e fechar todas as portas. Jano só encontra correspondência na mitologia do povo iorubá, já que o Orixá Exu também possui as chaves que tudo fecha e tudo abre, igualmente sua presença é saudada antes dos demais orixás. Assim também era Jano para os romanos e etruscos, cujas honrarias precediam a dos demais Deuses. Com suas duas faces, Jano percebe tanto o que virá como o que se foi. Assim é o mês de Janeiro. Mês em que emprestamos um novo olhar ao futuro, mas ainda com os olhos no passado, nas pendências trazidas, naquilo que ainda carregamos, problemas não resolvidos, questões mal digeridas. Mas, graças a essa visão simultânea de passado e futuro podemos planejar o novo ano que sempre se inicia, porque janeiro é a porta do que se apresenta como novo e encoberto, inexplorado, mas com a força positiva de uma nova fase. É o mês das novas idéias e do descanso das festas do mês de dezembro que servem para agradecer o fato de termos sobrevivido a mais um ano que termina. É em janeiro que vamos encontrar um novo alento e vigor. Jano, Deus dos Romanos, Deus dos Etruscos, que precede os nascimentos das grandes idéias, dos Deuses e dos homens, com suas duas faces: uma que nos empurra para o futuro, outra que observa o que ficou e os que ficaram. É o Deus dos umbrais, das passagens e transições. Jano é o Deus que nos auxilia nas passagens, é a porta que se abre para novos começos, mas que nos adverte sobre aquilo que fomos e fizemos. Deus que põe fim às guerras, sejam elas míticas, como a dos sabinos e romanos, sejam aquelas que trazemos dentro de nós. Jano nos convida para novas ações e ideias, assim como o ano que se inicia. Que o mês de janeiro, que sempre se renova a cada ano, possa sempre trabalhar a nosso favor, mês que guarda todos os novos projetos, sem perdermos de vista o passado recente com suas lições e as boas recordações que trazemos no coração. Feliz 2018!

Obs.: todo mês de janeiro repito este artigo para desejar Feliz Ano Novo